A BELEZA DE VIVER O HOJE  

Posted by: εïз Manu εïз



A vida é mesmo engraçada. As vezes achamos que tudo vai dar certo, mas acontece tudo errado; outras vezes, estava tudo perdido, mas, inexplicavelmente, o impossível acontece.

Cada dia que passa percebo mais que não sou eu a determinadora do meu futuro. Só tenho o hoje, só o hoje.

“Tenho medo da graça que passa sem que eu perceba!” (Santo Agostinho).

Tenho medo de não aproveitar a graça, o tempo que me é dado: o hoje. Tenho medo de que as minhas falhas me impeçam de enxergar a beleza que está à minha volta e dentro de mim.

“Senhor, dê-me a graça de enxergar com Seus olhos, porque, na verdade, “Sou um misto de beleza e imperfeição que merece ser feliz” (Padre Fábio de Melo).

Tenho apenas o agora; o ontem já passou e nada posso fazer para mudá-lo e o amanhã ainda não chegou. Posso viver apenas o hoje, por isso escolho ver a beleza dos meus irmãos, das pessoas que trabalham comigo,que estão próximas e distantes – seja essa distância física ou de coração -, pessoas que eu preciso aprender a enxergar com outros olhos, transformando dificuldades em belezas.

Ainda que o mundo queira afirmar somente a “feiura” nos erros, nas dificuldades e perdas, nos sofrimentos e desilusões, também nas pessoas, há sim beleza em cada situação, em cada pedra no caminho, em cada ‘não’ que recebo, em cada pessoa que se foi.

Não posso apenas me prender nas belezas do passado. Lugares, pessoas e situações foram maravilhosos, experiências incríveis; no entanto, belezas que seguiram seu rumo, e eu o meu.

“Tenho medo da graça que passa sem que eu perceba!” (Santo Agostinho).

Deus me permitiu viver tudo isso, mas meu olhar precisa estar fixo no hoje, na vontade d’Ele que se chama ‘hoje’.

É preciso um esforço consciente para não permitir que o sofrimento nos torne cegos à beleza da vida. Sempre é possível recuperar a alegria de viver. É por isso que, todos os dias ao acordar, gosto de imaginar como Jesus sorria e como Ele ainda ri de mim, das minhas inseguranças, dos erros que, muitas vezes, não consigo esquecer, mas que Ele há muito já apagou.

Senhor, dê-nos a graça de sorrir no hoje enquanto carregamos nossa cruz diária. Quero que meu sorriso brilhe para aqueles que não veem mais sentido em sorrir. No seu hoje, faça alguém sorrir !

“Se, portanto, existe algum conforto em Cristo, alguma consolação no amor, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão, completai a minha alegria, deixando-vos guiar pelos mesmos propósitos e pelo mesmo amor, em harmonia buscando a unidade” (FL 2,1).


Fonte: http://destrave.cancaonova.com/a-beleza-de-viver-o-hoje/

O Poder da Palavra  

Posted by: εïз Manu εïз



Queria falar para você sobre o poder da palavra. A palavra do amor, exercitada no cotidiano. Há palavras de amor como: “Seja bem-vindo!”; “Estava com saudade”; “Te amo tanto!”; “Que bom que você está aqui!”… São pequenas palavras de amor, mas que têm o poder de fazer as pessoas melhores. Palavras de amor na relação entre pais e filhos. Como os jovens e crianças estão carentes dessas palavras; os filhos aprendem com os pais as palavras amorosas, com a pessoa que trabalha em casa, com as gentilezas.

A palavra tem o poder de fazer uma pessoa acreditar nela mesma, fazendo-a recuperar a alegria. Há também palavras de desamor, as quais são um veneno e trazem a maldição para vida das pessoas.

A palavra que tem poder quando usada com amor também destrói quando é usada com desamor, dizemos coisas que destroem as pessoas. Há palavras de desamor como: “Você não serve para nada!”, “Não te perdoo!”; “Eu te odeio!”…

Em alguns lugares é fácil dizer palavras de amor, especialmente quando se deseja impressionar; o desafio é encher-se de palavras de amor e levá-las para os lugares que você vive a maior parte do seu tempo, como o trabalho. Todos os dias você tem o poder de destruir e de construir as pessoas.

Outro tipo de palavra é a palavra de indiferença, que não é nem palavra de amor e nem desamor. Muitas vezes, você trabalha em um consultório médico, as pessoas chegam preocupadas e você é indiferente. Cristão não pode ser indiferente! Este é o mal do século, porque as pessoas estão transformando tudo em “Eu”, tudo é “Para mim…”.

Não existe filho de Deus de segunda categoria; você é filho de Deus de primeira categoria! Você não é pequeno, nem incapaz, mesmo que pessoas tenham dito palavras de desamor para você.

Todos nós somos carentes e não precisamos de palavras de desamor, precisamos de palavras de amor. Dentro de nós, muitas vezes, há uma grande tempestade, mas do meio dessa agitação vem Jesus nos falar palavras de amor. Deus nos cerca com palavras amorosas. Por isso, não use palavras de desamor e de indiferença.

Permita-se ser um espelho de amor, transborde-o com gestos e palavras; mas para isso você precisa sentir o amor maior, que é o amor de Deus.

Falando sobre o poder da palavra, pegando este mesmo conceito “palavra de amor, de desamor e de indiferença”, um grego diz que devemos pensar em três palavras antes dizer algo:

Credibilidade: se eu for um mentiroso as pessoas não vão acreditar em mim. Nós não devemos mentir para ter credibilidade.

Fragilidade: quando uso palavras de amor para chegar ao ponto fraco do outro. Todos nós temos um ponto fraco, ou seja, o nosso lugar frágil; jamais podemos fazer do ponto fraco do outro motivo de humilhação, pois tudo que humilha o outro não edifica.

Razão: é se preparar para levar a palavra, ter discernimento para saber o que a pessoa precisa ouvir. Pense um pouco na palavra de desamor que você profere: “Não gosto de gente assim!”; “Você não me agrada!”; “Saia daqui!”; “Eu te odeio!”…

Hoje peça aos anjos para retirar de você todas estas palavras negativas e tome mais cuidado com o que vai dizer.


Gabriel Chalita

O Charme da Jóia  

Posted by: εïз Manu εïз



Namoro, noivado e a fraqueza do outro se chama “charme”. Primeiros
anos de casamento e ela se torna “descoberta”. Mais alguns anos e
atende pelo nome de “desafio”. Alguns cinco anos mais e fica à espera
de nossa decisão sobre o nome que lhe daremos: “decepção” ou
“tesouro”.

Se resolvemos, interiormente, chamá-la de decepção, desilusão,
frustração, o casamento tende ao fracasso. Se não o divórcio, nos
casos extremos, pelo menos aquela separação de mentes, de objetivos,
de corações. Aquela separação de vidas paralelas que não se encontram
nem no infinito.

Declaramos o outro “sem jeito”, desistimos dele, resolvemos procurar
a nossa própria vida, a nossa própria “felicidade” independente da
felicidade do nosso cônjuge.

Se, internamente, optamos por chamar o ex-charme de “jóia preciosa”,
de “tesouro”, estaremos colocando os óculos da caridade, que tudo crê,
tudo espera, tudo suporta, também – e especialmente! – no casamento.

É interessante observar como sabemos aplicar os princípios cristãos
da caridade no nosso relacionamento com os empregados, com os
porteiros, com os doentes, os miseráveis, a vizinha, o colega de
trabalho, os amigos do tempo de colégio, com gente importante, mas não
conseguimos sequer pensar em aplicá-los com nosso marido ou mulher.
Por que será?

A resposta que tenho colhido das pessoas é: “Com ele/ela eu não tenho
mais máscaras, posso ser eu mesmo/eu mesma”. Outros – muito raros –
são de uma franqueza chocante: “Por que com ele/ela não me interessa
mais...”. Outros ainda, de uma desilusão patética: “Porque cansei”.
Não sei qual resposta você daria a este enigma de porque, com o
cônjuge, tendemos a relaxar naquela caridade de I Cor 13. Sei, porém,
o que Deus quer, o que ele espera de você. E é que, com seu cônjuge,
mais do que com qualquer outra pessoa do mundo, você se esforce com
toda a sua energia a viver o mandamento da caridade, dando a vida por
ele.

A Palavra nos ensina que “ninguém abusa a própria carne”. Não
aplicar I Cor 13 ao meu cônjuge, é ofender a mim mesmo, uma vez que
ele e eu somos uma só carne e, onde uma é a carne, um é o espírito.
Antes de servirmos e amarmos o pobre, o doente, o prisioneiro, o
solitário, o órfão, a viúva, somos chamados a amar nosso cônjuge e
nossos filhos. Em geral, o fascínio, o heroísmo explícito, o “charme”
do serviço aos que sofrem – bom, indispensável para um cristão! –
atrai mais que o heroísmo invisível, discreto e – hoje em dia
considerado medíocre pelo mundo – de servirmos e amarmos nosso cônjuge
e filhos.

Santa Benedita da Cruz, a Edith Stein, alerta para o fato de
preferirmos “nos deixar pregar na cruz com o Cristo do que nos
tornarmos, com Ele, uma criancinha balbuciante”. Ela se refere ao
charme do heroísmo explícito em detrimento do heroísmo escondido no
segredo do coração – como o de Nossa Senhora – onde só Deus vê e
praticamente ninguém aplaude.

O tudo crer, tudo suportar, tudo esperar do outro, no casamento,
quando, dia após dia, hora após hora, ele revela a mesma fraqueza do
mesmo jeito, nas mesmas ocasiões, apesar de já termos conversado mil
vezes sobre o assunto, é, certamente, menos charmoso e explicitamente
heróico do que fazermos uma bela e empolgante pregação, darmos todos
os nossos bens aos pobres ou até entregarmos nosso corpo às chamas.

Talvez por isso tenhamos mães muçulmanas que tiram a última foto com o
filhinho no braço antes de se explodirem, optando pelo heroísmo
explícito e barulhento em detrimento do permanecer viva para criar,
mesmo na dificuldade enfrentada por seu povo, seu filhinho.

Mas, voltemos ao “charme da jóia”. Se optamos por ver a fraqueza
mais desafiante de nosso cônjuge como um verdadeiro tesouro, uma
verdadeira jóia, uma oportunidade imperdível de crescermos juntos no
perdão, no amor, na acolhida, no auto-conhecimento, na caridade de
Cristo, na santificação mútua, sua fraqueza, longe de ser um “defeito”
insuportável (quem tem “defeito” é geladeira, aspirador de pó,
liqüidificador, não gente!) passa a ser uma bela jóia, a mais bela,
preciosa e charmosa de todas: a jóia de nossa salvação.

O Batismo, que nos tirou o pecado original, que nos perdoou todo
pecado, toda culpa, toda pena; a Reconciliação, que nos perdoa o
pecado e nos deixa tão puros e belos quando por ocasião do Batismo,
colocam-nos diante de um paradoxo: libertam do pecado, mas não da
inclinação ao pecado – aquilo que chamamos concupiscências, que geram
nossas “fraquezas de estimação” – nossas e do nosso cônjuge. E a
gente, que tem mania de ser Deus, fica a querer perguntar: “Mas
Senhor, como é que você fez isso? Não dava para ter tirado tudo logo?”
Caso você tenha coragem de fazer esta pergunta explicitamente, dê uma
olhada para o céu e você vai ver Jesus, no meio de todos os santos,
inclusive de seus pais na terra e os diversos casais que João Paulo II
tem canonizado, sorrindo e piscando para você, brincalhão e
significativo, seus belos olhos: “É este o segredo: a fraqueza do teu
cônjuge, do teu irmão, não é desilusão frustrada, é o charme da jóia.
A jóia que eu te dei, escondida em mil camadas de pedra. A jóia que te
dá razão para lutar contra ti mesmo, para amar, para vencer o egoísmo
e dar a vida pelo teu cônjuge, que também é teu irmão.”

Ao ver Jesus assim, quem hesitaria tomar pelo braço sua agora
ex-decepção-desilusão e, todo feliz, dizer: “Vamos, meu tesouro, minha
jóia, para nossa casa” e saírem juntos, os dois, orgulhosos um do
outro como nos tempos em que a fraqueza do outro era “charme”?


Emir Nogueira

Fonte: http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=3075

A escolha do Amor  

Posted by: εïз Manu εïз



Todos os dias fazemos escolhas em nossas vidas. Algumas escolhas são mais simples; outras, mais complexas. Escolhemos a roupa, o sapato, a alimentação, o trajeto. Escolhemos a escola, o trabalho, as prioridades. Como não é possível resolver todos os problemas de uma única vez, vamos escolhendo aqueles que precisam ser solucionados antes. Escolhemos no supermercado, na loja, a forma de pagamento.

Algumas escolhas simples ficam complicadas quando complicamos a vida. Fazer um almoço se torna um calvário para quem está angustiado. Ter de escolher o que fazer e que agrade às outras pessoas da família parece um trabalho insano.Escolher a escola dos filhos. Escolher a mudança de emprego. Aos poucos as escolhas vão exigindo mais reflexão e o resultado da escolha vai ficando mais sério. Uma coisa é escolher a comida errada no cardápio e decidir que não vai pedir mais aquele prato. Outra coisa é perceber que casou com a pessoa errada. A escolha do casamento tem de ser mais demorada do que a do produto de uma prateleira em um supermercado.

Como somos imperfeitos, a dúvida sempre fará parte de nossas escolhas. E é diante da dúvida que amadurecemos. Pessoas que têm certezas absolutas erram mais e sofrem mais com isso. A dúvida nos torna mais humildes, mais abertos ao diálogo.Nesses momentos é que percebemos a nossa maturidade frente aos obstáculos. Os mais concretos ou os mais abstratos.

Nesse início de ano, uma modesta sugestão: diante das dúvidas que surgirem, escolha o amor. Diante de sentimentos mesquinhos como a inveja, o ciúme, a vingança; escolha o amor. Antes de falar, pense. Mas pense com amor. Antes de agredir, lembre-se de que o tempo da cicatriz é mais demorado do que o tempo do comedimento. Antes de usar a palavra como instrumento de maldizer, lembre-se de que o silêncio é o grande amigo e de que, na dúvida, o outro deve receber a sua compaixão. Diante do comodismo, da alienação, escolha o amor em ação. Assim fizeram os apóstolos, mesmo sabendo que seriam incompreendidos; assim fez Francisco de Assis quando ousou chamar a todos de irmãos; ou João Bosco com os jovens que só se aquietavam quando se sentiam amados.

Assim fez Madre Tereza de Calcutá que fazia a escolha do amor diante de cada próximo que dela precisasse.

Diante da boa dúvida, é bom pedir ajuda. Para os irmãos e para Deus, a Essência do Amor.

Os desafios são muitos. É por isso que sozinho fica difícil. Como diz a canção:

Eu pensei que podia viver, por mim mesmo. Eu pensei que as coisas do mundo não iriam me derrubar.

E a oração continua e, com ela, nossa certeza: Tudo é do Pai. Toda honra e toda glória. É Dele a vitória alcançada em minha vida.

Que sejamos responsáveis em nossas escolhas mais simples ou mais complexas. Mais uma vez, com amor, tudo fica mais fácil e mais bonito!


Gabriel Chalita


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